Eu mesma me espanto ante os "anjos enviados" por Traherne, mensageiros incorpóreos portadores de mensagens tão incorpóreas quanto eles. Eles são, afinal, essas mensagens. A escrita (tal como a fala), se lhes coloca limites enquanto pensamentos, também os perfecciona e potencia. Traherne nunca se queixou de da linguagem. Se esta parece ficar aquém do pensamento inverbalizado por este ser holístico, não é menos certo que a poeticidade lhe devolve com vantagem quanto possa ter perdido. É questão que desenvolverei no outro blogue no desejo de me acercar, neste espírito, dos "poemas do viandante".
É neste sentido o peregrinar de Traherne. A erva e a flor brilham aos seus olhos com maior esplendor e glória quando ascende a uma outra e maior claridade, aquela em que a visão da criança e o discernimento do adulto se unificam na mais plena fruição (enjoyment, de enjoy= en joie) do mundo, de Deus, de si mesmo e do outro. Fruição em que contemplação e acção concorrem para serem com ela uma coisa só.
É neste sentido o peregrinar de Traherne. A erva e a flor brilham aos seus olhos com maior esplendor e glória quando ascende a uma outra e maior claridade, aquela em que a visão da criança e o discernimento do adulto se unificam na mais plena fruição (enjoyment, de enjoy= en joie) do mundo, de Deus, de si mesmo e do outro. Fruição em que contemplação e acção concorrem para serem com ela uma coisa só.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home