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"Whether it be the Soul itself, or God in the Soul, that shines by Lov, or both, it is difficult to tell: but certainly the Lov of the Soul is the sweetest Thing in the world." (Thomas Traherne, Centuries 4:83).

Sunday, May 03, 2009

Rise noble soul

Já tinha aqui colocado o poema e retirei-o. Por alguma razão alguém o riscou no manuscrito com um traço em cruz. Não teria sido a mão de T.T. Vencendo o temor volto a colocá-lo.



1
Rise noble soul, and come away;
Lett us no longer wast the day:
Come lett us hast to yonder Hill,
Where Pleasures fresh are growing still.
The way at first is rough and steep;
And something hard for to ascend:
But on the Toppe do Pleasures keep,
And Ease and Joyes doe still attend.


2
Come, let us go; and doe not fear
the hardest way, while I am neer.
My heart with thine shall mingled bee;
Thy sorrowes mine, my Joyes with Thee.
And all our Labours as wee goe
True Love shall sweeten still.
And strew our way with Flowers too,
whilst we ascend the Hill.


3
The hill of rest, where Angels live:
where Blisse her Palace hath to give;
where Thousands shall Thee welcom make,
and Joy, that Thou their Joyes do’st take.
O come Lett’s hast to this sweet place,
I pray thee quickly heal thy mind!
sweet, lett us goe, with joyfull pace
And leave the baser world behind.


4
Come let's unite, and wee'll aspire
Like brighter Flames of heavenly fire,
That with sweet Incense do ascend,
Still purer to their Journeys End.
Two – rising Flames – in one weel be,
And with each other twining play,
And How, twill be a joy to see,
weel fold and mingle all the way.

T.T.

Um texto poético é, pela sua própria essência poética, intraduzível, mas também se sabe (desde o célebre prefácio de Benjamin sobre a tarefa do tradutor) que, ao mesmo tempo, apela à tradução. Tentei, pela pura fruição de responder a esse apelo, uma versão portuguesa. Desejaria que o traço não fosse só o meu, mas que outro se lhe unisse deixando um outro rasto. Penso no que traçam estas chamas que "com o doce incenso ascendem, ainda mais puras ao fim da viajem".


1
Levanta-te alma gentil, e vem embora;
não percamos mais o dia:
Vem apressemo-nos para aquela colina,
onde com frescura os prazeres crescem ainda.
O caminho é primeiro áspero e íngreme
e um tanto difícil de subir:
mas no cimo prazeres estão guardados
e bem-estar e alegrias aguardam ainda.


2
Vem, caminhemos: e não temas
o caminho mais duro, enquanto eu estiver perto.
O meu coração ao teu estará ligado;
minhas as tuas mágoas, contigo as minhas alegrias.
E todas as nossas penas à medida que avançarmos
o verdadeiro amor doces as fará ainda.
e juncará também de flores o nosso caminho,
enquanto subirmos a colina.


3
A colina do descanso, onde os anjos vivem:
onde a suma ventura tem o seu palácio a dar;
onde milhares te farão bem-vinda,
e alegria sentirão se das suas alegrias partilhares.
Oh vem apressemo-nos para este tão doce lugar,
Peço-te cura depressa a tua mente!
querida caminhemos a jubiloso passo
e o mundo mais abaixo deixemos atrás.


4
Vem unamo-nos, e elevar-nos-emos
como chamas mais vivas de fogo do Céu,
que com o doce incenso ascendem
ainda mais puras ao fim da viagem.
Duas – chamas ascendentes – numa só seremos,
e um com o outro volteando dançaremos,
e como, será uma alegria de ver, nos cruzaremos
e envolveremos todo o caminho.

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