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"Whether it be the Soul itself, or God in the Soul, that shines by Lov, or both, it is difficult to tell: but certainly the Lov of the Soul is the sweetest Thing in the world." (Thomas Traherne, Centuries 4:83).

Saturday, September 05, 2009

Thy Kingdom come

Escreve Traherne em "The Fourth Century":

[...] The one can defer their Enjoyment of Wisdom till the World to com: [...] the other are instant and impatient of Delay; and would fain see that Happiness here, which they shall enjoy herafter. Not the vain Happiness of this World, falsley called Happiness, truly vain: but the real Joy and Glory of the Blessed: which consists in the Enjoyment of the Whole World in Communion with God. not this only, but the Invisile and Eternal: which they earnestly covet to Enjoy immediately: for which reason they daily Pray Thy Kingdom come; and travail towards it by learning Wisdom as fast as they can.

Trad.: Uns podem adiar o seu gozo da sabedoria para o mundo a vir: [...] os outros instam e impacientam-se com a demora; e querem ver aqui a Felicidade que hão-de gozar mais tarde. Não a vã felicidade deste mundo, falsamente chamada felicidade, verdadeiramente vã: mas a verdadeira alegria e glória dos bem-aventurados: que consiste no gozo do mundo na sua totalidade, em comunhão com Deus, não só este, mas o invisível e eterno: que ardorosamente desejam gozar imediatamente: por esta razão dia-a-dia oram Venha a nós o Vosso Reino; e trabalham nesse sentido, aprendendo a sabedoria tão depressa quanto podem.

É de notar que Traherne explicitamente alia, neste excerto, as coisas visíveis e as coisas invisíveis, encarando umas e outras como objecto de gozo/fruição, no aqui e no agora. Em “The Third Century”, expressara já, em termos ainda mais determinados, esta certeza de que a felicidade pode e deve começar já neste mundo:


I came into this World only that I might be Happy. And whatsoever it cost me, I will be Happy. A Happiness there is, and it is my desire to enjoy it.

Trad.
Vim a este mundo só para que pudesse ser feliz. E custe-me o que me custar, quero ser feliz. Uma felicidade há, e é meu desejo gozá-la/fruí-la.


A felicidade está no gozo/fruição das coisas de que Deus fez dádiva ao homem, constituindo esse gozo/fruição a forma de este as valorizar, antes de as devolver, assim enriquecidas, Àquele de quem as recebeu. Esta concepção, recorrentemente verbalizada, constitui (como já aqui disse) um tema-chave na obra de Traherne.

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